É de interesse comum manter a própria imagem social já tão
bem arquitetada e construída. Em um mundo de realidade ficcional tendemos a
criar personagens para atuarem como nossos avatares. Na intervenção que
participamos, mantive-me de certa forma distanciado, observando e registrando
em forma de desenho alguns dos personagens que surgiram para essa realidade
ficcional. Ali, as pessoas e personagens, são os mesmos
em aparência e compartilham o mesmo espaço físico, porém são outros em aspectos
de atuação social. Portanto, como não havia mascaras físicas para todos (e esse não era
o intuito), as faces das pessoas estavam desnudas e vulneráveis aos conhecidos,
que poderiam exercer alguma força coercitiva, direcionada a aquela pessoa por estar
executando essa performance que além de artístico, possuía caráter crítico
social e político.
Sobre
os desenhos; visivelmente e necessariamente rápidos em execução, capturam com
traços caricatos não a pessoa que está em carne e osso se revelando ao mundo,
mas sim o personagem. E isso pode trazer uma análise interessante, pois, de
fato, a pessoa de carne e osso não se revela, mas se ausenta, para entrar em
vigor um personagem, que também em um movimento dialético vai se ausentar à
realidade física e viajar para o mundo o qual pertence, o mundo do sentido,
onde de fato se executou essa intervenção da realidade ficcional. Mas e então, onde estão os desenhos nesse processo? Estão aqui:
Personagem 1 - Lápis sobre papel canson 14x21cm
Personagem 2 - Lápis sobre papel canson 14x21cm
Personagem 3 - Lápis sobre papel canson 14x21cm
Personagem 4 - Lápis sobre papel canson 14x21cm
Personagem 5 - Lápis sobre papel canson 14x21cm
Personagem 6 - Lápis sobre papel canson 14x21cm
Vinicius A. da Silva Appolari
Vinicius A. da Silva Appolari
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